A nossa revolta pinguina e os ventos de junho


por Giva

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A educação sempre esteve no centro de grandes disputas! Foi assim desde o Brasil colônia, quando o rei de Portugal mandou recolher as prensas de jornal e mandou destruir todas em sua frente, para ter certeza de que as letras não nos guiariam para um mundo de possibilidades, contraria as da coroa portuguesa.

Esse foi um dos elementos que marcaram muitas disputas que temos no Brasil em torno de que projeto de sociedade queremos e da compreensão da importância da educação nesse processo. 

Essas disputas, muito embora ainda não tenham nos levado à construção de um projeto que leve o povo a ser respeitado plenamente, a desfrutar de tudo que é produzido material e imaterialmente, a desenvolver todas as suas potencialidades e ser plenamente livre.

A educação, como já foi indicado anteriormente, sempre esteve no centro dessa disputa, entre um projeto que quer nos adestrar conforme os interesses do capitalismo, nos tornando cordeirinhos obedientes e produtivos sem nada questionar, e outro que propõe a emancipação humana, com o ser humano no centro de todas as coisas. Portanto, a sociedade de forma geral tem o dever de se organizar para que a educação possa atender aos interesses de toda a humanidade e não de uma parcela ínfima dela.

Esses projetos sempre foram declarados em leis (projeto adestrador) ou em textos (projeto emancipador). No entanto, o projeto que está em curso é esse desumanizador, que quer que os nossos meninas e meninas respondam “sim senhor, não senhor” e aceite tudo sem questionar nada, mesmo que isso os prejudique profundamente.

Nesse projeto persiste a hipocrisia instituída como regra, que pressupõe trazer elementos do projeto emancipador, prevendo a participação das famílias, dos alunos e do corpo docente na construção do projeto pedagógico e nas decisões da escola. Porém, a realidade que se apresenta é bem outra, permanece um centralismo de elaboração do projeto político pedagógico, bem como nas decisões da escola, com as direções usando a lógica tecnicista ,que quase sempre é desprovida de racionalidade e democracia. Mesmo assim, na maioria dos casos se dispensa até a lógica tecnicista, restando o autoritarismo histórico.

Esse preâmbulo é necessário para que possamos entender o que se passa atualmente em uma escola da periferia sul de São Paulo, a Escola Estadual Antonio Manoel Alves de Lima que fica no Jardim São Luiz, onde os estudantes estão rebelados contra a construção de um obscuro muro que, sob o pretexto de garantir maior segurança contra os “drogados”, se levanta para “proteger” os meninos e meninas da escola.

Nessa quadra histórica está rapidamente se consolidando um falso pensamento, que impõe a nós abrirmos mão de nossa liberdade por uma falsa e hipócrita segurança. É o que ocorre hoje na Antonio Manoel. Se a escola realmente estivesse preocupada com questões relevantes, preocupações válidas como a segurança dos estudantes, teria aceitado proposta de uma entidade do bairro que propôs uma maior integração entre a escola e a comunidade local. Ora, a escola e a entidade seriam praticamente extensão uma da outra, o que garantiria à escola o acesso a mais recursos pedagógicos, maior troca de experiências pedagógicas e mais espaços para participação da comunidade ao redor.

Ao contrário desses e de outros argumentos racionais por parte dos alunos, que tem se preocupado com os aspectos técnicos de fato (menos ventilação, luz solar, aumento do barulho entre outros), a diretora insiste em manter de forma impositiva e por vezes manipulada a sua decisão. Exemplo disso foi o caso de uma reunião chamada às pressas, em horário (10h30 da manhã) que acabou por impedir a participação dos pais de alunos e de estudantes do turno noturno; a posição da diretora venceu a votação do conselho por 9 votos a 4.

Outros eventos lamentáveis deixam de vez sob suspeição boa parte do corpo docente e direção da escola Antonio Manoel Houve desrespeito e violação dos Direitos Humanos de todas as ordens, a começar pelo desrespeito à participação política. Aconteceram tentativas de cooptação dos alunos, além de ameaças que os alunos sofreram por telefone e facebook (essas registradas), por parte dos professores da escola.

Por fim, esse triste capítulo da Antonio Manoel findou com a militarização da ação pedagógica. A direção da escola chamou a policia para lhe defender das idéias dos jovens, assumindo assim a sua derrota pedagógica e assumindo a sua incapacidade para conviver na democracia.

O que isso nos apresenta como perspectiva histórica?

Primeiro, a escola e a educação como são hoje estão sendo questionadas nos moldes das insurgências de junho, que no Rio de Janeiro se prolongaram com a greve dos professores da rede estadual. 

Segundo, definitivamente existe uma geração que, depois de junho, não mais se dobrará mecanicamente a autoritarismos de qualquer ordem. 

Terceiro,essa geração não se contentará com pouco. Esses meninos e meninas reivindicam uma escola que esteja à altura do desafio histórico atual. Não aceitam muros, que limitam a vida e o prazer de viver da juventude, como mostrado na ópera-rock “The Wall”, do Pink Floid. Tampouco se contentarão com uma educação precarizada, como a que levou à rebelião dos estudantes chilenos, aquela que ficou conhecida como a Revolução Pinguina em 2006 e que até hoje tem provocado mudanças na estrutura política no Chile. Tudo isso pela capacidade de mobilização daqueles meninos e meninas que a 9 anos atrás ousaram se organizar, ocupar escolas e impor derrotas à lógica da precarização imposta.

Quero saudar esses meninos e meninas que mudaram de lado e deixaram de ser educandos pra se tornarem educadores. Educadores dos seus educadores, educadores de falidos gestores, educadores de todos nós, que precisamos urgentemente mudar essa lógica societária.

Que venham mais junhos, que nos tomemos de gosto pinguino, que rompamos com aquilo que está mofo, carcomido e que nos desumaniza!

Viva esses valorosos meninos e meninas da Antonio Manoel! Que venham mais Antonios e Manoels se juntar a essa luta!

Givanildo M. da Silva (Giva)
Educador e militante do Tribunal Popular e Terra Livre

Sobre União - Campo, Cidade e Floresta

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16 respostas para A nossa revolta pinguina e os ventos de junho

  1. Thais Paulina disse:

    Bem, primeiramente gostaria de fazer uma pergunta simples, que não foi esclarecida nem em seu texto, professor Givanildo, nem no depoimento de nenhuma das pessoas que expuseram suas opiniões na reunião que aconteceu ontem (4/12/13, 10h30), que por sinal, eu estava lá, e olha só: sou aluna do noturno.. Que coisa não?! Fiquei sabendo da reunião mesmo o senhor dizendo que alunos do noturno não foram avisados.. Pois bem, lá vai a pergunta:

    -Já que a explicação para a construção do muro foi tomada pelo senhor como “pretexto”, qual foi/é a real intenção da escola para você(s)?

    Por favor, não quero textos enormes e referências históricas e filosóficas.. Conheço e gosto muito dessas disciplinas, mas sem lero-lero .. Quero uma resposta rápida e objetiva para minha pergunta. Qualquer argumento meu será dado em cima da sua resposta.. E acredite, tenho muitos…

    Não é pelo direito de expressão que estamos lutando? Cá estou eu, mas com uma ideia contrária a sua.. Massas são manipuladas para os dois lados da moeda, professor.. Cuidado, faça-os pensar e não imponha.. (só estou dizendo..)

    E pra deixar bem claro: sou aluna. Escrevi esse texto porque quis. Não estou sendo pressionada por ninguém e nem me pediram nada.. Vai que alguém ache isso, já que concordar com o muro virou um crime..

    • Giva disse:

      Thais,

      A primeira coisa que soubesse é que não sou professor, professor, professa verdades e eu sou um educador , pois acredito na mediação do conhecimento, sem diferente do que você tenta me acusar, ser o dono da verdade, ma s que se dispões a mediar e construir conhecimentos , claro que esse conhecimento tem e deve fazer sentido, se não, não é conhecimento!
      Segundo, não quero entrar no mérito, mas você estuda mesmo no Antonio Manoel??? Ou você estuda no Anglo? Independente se estuda ou não no Antonio Manoel, defendo que você possa opinar, alias, toa a comunidade deveria opinar e não meia dúzia de pessoas, o que defendo é a democracia plena e não a centralização que leva ao autoritarismo.
      Terceiro,veja , nessa sua pergunta, você define boa parte do que está acontecendo no Antonio Manoel, a forma diz muito, quando você fala que eu tenho que responder como você quer e não como eu acho que devo responder, boa parte da minha resposta está dada , a luta é contra também o autoritarismo, infelizmente, você foi e está sendo de forma deformada, os valores democráticos passaram longe de você e de hoje quem dirige a escola Antonio Manoel e boa parte dos professores.
      O seu texto é cheio de contradições, você fala de liberdade de expressão e quer cercear a minha, usa coisas do tipo “Não é pelo direito de expressão que estamos lutando? Cá estou eu, mas com uma ideia contrária a sua.. Massas são manipuladas para os dois lados da moeda, professor.. Cuidado, faça-os pensar e não imponha.. (só estou dizendo..)”, não tenho medo dos debates de idéias , desde os meus 14 anos, que esse é o meu lugar , o contraditório e o direito ao contraditório, tem e deve guiar a humanidade, porque é a democracia, você não precisa me ameaçar, também dessas não tenho medo, alias veja que interessante, foi exatamente isso que a direção da escola e alguns professores fizeram contra os meninos e meninas que se mobilizam, será que é só coincidência ou é uma pratica que você foi ensinada?
      È interessante como você coloca que, massas são manipuladas pelos dois lados da moeda, ainda bem que o meu processo educativo é para libertar para vida, para emancipação humana, logo, quem tem algum tipo de relação educativa comigo, não precisa nunca de nenhum tipo de subterfúgio que você utiliza, por isso que os meninos e meninas e são debatendo e sem medo de debater tudo que consideram importante, sem sair ameaçando ninguém.
      Porque não ao muro, porque o muro é da vergonha, da vergonha porque não tem nenhum estudo técnico de impacto na vida de quem está na escola, estudo de som, estudo de circulação de ar, estudo de iluminação ,estudo sobre a perda de espaço, argumentos utilizados de forma muito clara, exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente e da LDBE – Lei de Diretrizes e Base da Educação,além do mais não tem alvará de construção do mesmo, uma ilegalidade tremenda!!
      Volto novamente em sua postura, você está mais preocupada em validar suas idéias do que de respeitar a lei, agora tenho certeza que você tentará usar o argumento da segurança, argumento que já adianto, não tem validade, já que o dirigente da Fundação Julita, já propôs solução e hoje aplica ela com outras escolas e tem dado certo, mas a diretora do Antonio Manoel não quer nem conversar com ele, ou seja , a não conversa é a síntese do autoritarismo , isso quer dizer que todo o argumento para a construção do muro ta baseado em achismos e ilegalidades.

      Por fim Thais, como viu, eu não sou cordeirinho e nem educo para ninguém ser cordeirinho, a minha preocupação é com a humanidade , não com a vaidade e o autoritarismo.
      Passemos ao debate!

      Giva

      • Giva disse:

        Thais que não é Thais,

        Uma notinha da Fundação Julita que responde parte da sua questão,a outra desenvolverei logo mais:

        NOTA DE ESCLARECIMENTO
        07/12/2013

        Nesta semana, fomos surpreendidos com a notícia de que a diretora da escola Antônio Manoel Alves de Lima, senhora Valdete Carvalho, havia iniciado (sem a concordância e o conhecimento dos alunos) um muro no pátio da escola sob a justificativa de que usuários de drogas pulam da Fundação Julita para a escola a fim de usar drogas. A escola faz divisa com a Fundação Julita, grande parte dos nossos alunos estuda no Antônio Manoel no período contrário em que frequentam as atividades socioeducativas da organização.
        Em resposta ao episódio, a gestão pedagógica e institucional da Fundação Julita gostaria de prestar esclarecimentos em relação às publicações de blogs e outros veículos de comunicação a respeito de acusações por parte da diretora da escola, senhora Valdete Carvalho, feitas à Fundação Julita. E também gostaríamos de deixar registrado nosso posicionamento acerca do caso.
        • A Fundação Julita atua há 62 anos na comunidade do Jardim São Luís. Diariamente, atendemos 1.300 crianças, adolescentes, jovens e idosos por meio de nossas atividades socioeducativas. A Fundação oferece gratuitamente educação infantil, educação complementar, cursos de qualificação profissional e núcleo de convivência da terceira idade. Possui atividades culturais, esportivas e ambientais, além de assistência social e em saúde, com foco na convivência e estruturação familiar. É praticamente o único espaço da região deste porte a oferecer atividades culturais e de lazer em um espaço extenso de área verde de 47 mil m², que inclui uma fazendinha, aberta para visitação.
        • Aos fins de semana, a organização é aberta para a comunidade. São oferecidos cursos de esporte em várias modalidades, além de atividades ambientais, de cultura e lazer, como o Baile da Terceira Idade, sessões de filme infanto-juvenis e biblioteca comunitária, que contabiliza mil empréstimos mensais. Também sediamos torneios esportivos gratuitos duas vezes por ano, que vêm se tornando tradição na comunidade, pois envolve times de várias regiões da zona Sul de São Paulo e chega a movimentar 1 mil pessoas por fim de semana. Além disso, há atividades ainda para familiares, como o evento de Jogos e Brincadeiras (Dia das Crianças), Futsal para pais (Dia dos Pais) e outros, a fim de integrar a família e envolvê-la nas atividades do espaço e no desenvolvimento de seus filhos(as).
        • Para acompanhar as atividades desenvolvidas aos fins de semana na organização, há um coordenador responsável no espaço que busca dialogar (política da organização) com qualquer pessoa que possa ser um usuário de drogas e queira fazer uso indevido de drogas em nosso espaço. Nossa política não é a de isolar o usuário e sim, por meio de abordagens, inseri-lo em atividades culturais e esportivas. O coordenador do espaço aos fins de semana tem essa função, entre outras, que é a de zelar para que as pessoas se apropriem do espaço e possam usufruir do mesmo sem discriminação, preconceito ou exclusão.
        • O projeto pedagógico da Fundação Julita prioriza a gestão compartilhada, na qual a escola e a organização, além de outros atores, como a família e o próprio educando, possam dialogar coletivamente para encontrar meios de resolver seus próprios conflitos e entraves dentro do seu contexto social e local. Contribuindo, assim, com o desenvolvimento do bairro nos aspectos de convivência e participação, para além do núcleo da organização, tendo como objetivo principal promover a melhora da condição de vida local.
        • Nos últimos cinco anos, a Fundação Julita tem feito contato com a escola Antônio Manoel por diversas vezes, participamos de reuniões com a diretoria, coordenação e professores, a fim de desenvolvermos atividades conjuntamente. Também realizamos convites para o uso do nosso espaço, por exemplo, quando a quadra da escola foi interditada e oferecemos as nossas para a realização de aulas de educação física. Ou mesmo, por intermédio do Centro de Educação Ambiental da Fundação Julita, disponibilizamos os espaços para aulas práticas de biologia e visita monitorada à Fazendinha. Recentemente foi feita uma aula com os professores e alunos da escola dentro do nosso espaço. Ou seja, estamos disponíveis e em contato permanente com a escola.
        • Em relação às acusações da diretora do Antônio Manoel, publicadas em blogs e meios de comunicação, não recebemos nenhum telefonema ou contato dela a respeito das supostas invasões de viciados, porém declaramos que essa é uma realidade da nossa comunidade que precisa ser “encarada de frente”, inclusive unindo todas as instâncias (escola, família, governo, assistência social, ONGs, jovens) para encontrar soluções e respostas para esse enfrentamento. E, portanto, estamos disponíveis para, juntos, pensarmos em estratégias e ações para lidar com essa realidade. Não somos a favor da construção de um muro para “isolar” esse problema, que, acreditamos, ser um problema social do país e do contexto social em que estamos inseridos.

        Jânio de Oliveira – Gestor Pedagógico da Fundação Julita

      • Giva disse:

        Thaís,

        Qualquer pessoa que lê a sua resposta verá que não foi você que respondeu, eis grande questão nesse debate , porque você não respondeu uma questão crucial, me propus a ir na escola e debater com você, direção ou quem quer que seja, explicitei todas as razões para não ser construido o muro, por duas vezes, em meu artigo e na resposta que dei, mas, falarei de novo, muro prejudicará a vida de todos os meninos e meninas da escola Antonio Manoel em todos os aspectos que apontei, que “você” mesmo reconhece em “sua” resposta.

        A relação “saudável” que você fala do corpo docente com os alunos da escola, inclui ameaças por telefone e por facebook (temos todas as provas do face) aos alunos, bem saudável mesmo esse tipo de relação!

        Infelizmente, tais ameaças que você repete contra a minha pessoa, novamente em “seu” texto. Não “Thais” , não sou vítima nunca fui, escolho as minhas lutas e as faço pelo grau de justiça delas!

        Bem, se você viu em algum momento eu falando que não aceitava mais debates me aponte, porque na verdade o tempo todo estou falando, mais debates, mais debates! O contrário não é verdadeiro, porque você de forma impositiva continua tentando inutilmente desqualificar as minhas reflexões, isso faz parte da cultura autoritária que “você” está sendo educada, eu sei muito bem disso.

        Novamente, “você” nega informações ou tenta manipular em relação a Fundação Julita, porém como manipulação tem perna curta, já mandei a nota da Fundação sobre o histórico de contatos delas e propostas para mediar a situação.

        A reunião foi manipulada sim! Até hoje uma das mães presentes pede desde a reunião a relação dos membros do Conselho, sem nenhum êxito, nos forçando a ter que usar a lei de acesso a informação, se não foi manipulado, porque a escola nega o acesso a informação dos membros do conselho??? Porque????

        “Não sou democrática por não concordar contigo? Se não é por isso, por que seria então?! Viu no meu facebook tbm? Estamos debatendo democraticamente, não crie conceitos.”

        Vê como “você” é bastante democrática! Não crie conceitos, não crie conceitos, não faça isso ou aquilo, faça como eu quero! É isso que “você” repete em todos os seus dois textos! Como se debate democraticamente se não permite que o outro coloque seus argumentos? Todos os argumentos utilizados, são baseados em conceitos, os seus por exemplo!

        Dei aula no Antonio Manoel, mas independente disso, veja como “você” “democraticamente” avalia que você pode e eu não posso!

        “Thais”, luto por uma educação melhor a mais de 20 anos, luto ardorosamente pelos 10% do PIB pela educação, lutava antes pelos 7% na Constituição de 88, sempre estive inserido nas lutas por educação de qualidade, infelizmente não é o caso dos educadores de forma geral , quando dei aula no Antonio Manoel, no processo de reorganização do ensino, só eu me inseri nos debates, propondo debate na escola, para que não acontecesse o que acontece hoje na educação! Se desejar mais informações darei todas que você desejar a esse respeito!

        O que posso fazer??? Já estou fazendo!

        Mais debate por favor!

    • Eikys Cèsar disse:

      *Como pode ver Dn. Thais Argumentos e Provas contra o Muro não faltam, você defende tanto o muro, pense bém este ano você ira deixar a escola se for aprovada para terminar os estudos né não sei de suas condioçoês na escola, bom você termina o 3° Colegial este ano, você como aluna noturna mais do que ninguém sabe que anoite muitos usam a quadra a arquibancada e a pracinha para fumar tanto drogas licitas como drogas não licitas, agora imagine se o muro é contruido e fica tudo fechado, esses fumantes e usuarios terão que fumar em algum lugar e esse lugar sera o patio, agora imagine tudo isso fechado com todo aquele barulho o cheiro de Drogas e cigaros o calor e tudo mais como que não vai ficar a Escola, se pra gente da Manha já vai ficar orrivel imagina pra quem vai estar anoite, e sabendo também quem no Noturno contem no corpo estudantil Senhores e Senhoras de idade e mulheres Gravidas, como você acha que vai ajudalos esse muro ? No que ira ajudar na saude deles ? Agora me responda você se for capaz…

      *A questão é que a Diretoria do Antonio Manoel Alves de Lima esta querendo Sondar Aluno Por Aluno Deixando que os que são contra como Viloes desse historia assim ela faz tudo na surdina como você pode ver Thais nossa escla só tem Exatamente 1 Hidrante Intaquito que ainda sim foi reformado recente mente e ele fica na diretoria, agora raciocine comigo se for capaz, se fecharem o patio e a parte de trás do palco aonde guardam livros e outras coisas inflamavel pegarem fogopor onde é que os alunos irão sair sendo que só tem escadas para subir, pense na muvuca que seria um incendio naquela escola pense o tanto de alunos que não morreria ? ainda com tudo aquilo fechado serria bém mais facil que as chamas se propagem por toda a escola…

      ***Incrivel como só UMA unica Aluna Soubese dessa Reunião e UMA UNICA Aluna Estivesse Contra o Muro e Focace tanto nisso, onte estive no periodo noturno e Conversei com muitos Alunos e Professores Muitos nem estão Sabendo de Nada Muitos Nos Apoiaram outros não ligam com ou sem muros e uma menoria 2 em cada 10 disseram ser afavor, mas como foi dito por eles afavor do lado Externo pois assim fcaria seguro e não fecharia o espaço dos alunos….***.

  2. Thais Paulina disse:

    Giva,

    Como eu imaginei, o senhor não respondeu minha pergunta.. Mas tudo bem, era o esperado.. Voltas e mais voltas.. E eu não pedi para que o senhor respondesse como eu quero, apenas de modo objetivo, ou, somente responder minha pergunta, e insisto:

    -Já que a explicação para a construção do muro foi tomada pelo senhor como “pretexto”, qual foi/é a real intenção da escola para você(s)?

    Realmente, nem deveria ter entrado no mérito, não agrega nada ao nosso debate se estudo ou não no Anglo. Sou aluna do Antonio Manoel sim, como já havia dito, desde a quinta série, pra sua informação(!), entrando ainda mais no mérito.. E por estar a tanto tempo naquela escola que consigo entender os motivos do muro e não tomá-los como hipocrisia..

    A maioria do corpo docente possui uma relação muito saudável com os alunos, esclarecem nossas dúvidas sem nenhum problema e mantêm um diálogo conosco sempre que precisamos.. Seja lá qual for o assunto. Esse é o motivo que não me faz ficar violentamente contra a escola, como o senhor propõe que os alunos fiquem.

    Eles nunca me deram motivos para tal (e olha que na minha família, não sou a única que passou (e está passando) pelo Antonio Manoel) ..
    Em relação ao muro: é OBVIO que ninguém gostaria que o muro fosse construído para tampar a parte verde da escola, fazer com que os sons durante o intervalo fiquem mais altos etc etc etc.. Mas os motivos são claros: segurança.. Tenho uma irmã que estuda lá no período da tarde e duas vezes reclamou de pessoas estranhas, aparentemente drogadas, que pularam o muro durante seu intervalo.. Em uma das vezes, até a assediou.. Isso é apenas um dos motivos que me fazem concordar, apesar dos apesares, com o muro..

    Se julga as propostas feitas pela Fundação Julita tão eficazes, por que não as sugeriu antes de a escola ter tomado tais medidas? Por que esperaram que a situação chegasse a esse ponto?

    Te ameaçar, senhor educador, por favor.. Não se faça de vítima.. não ameaço a ninguém..

    “os valores democráticos passaram longe de você e de hoje quem dirige a escola Antonio Manoel e boa parte dos professores”
    “ainda bem que o MEU processo educativo é para libertar para vida, para emancipação humana”
    …Bastante modesto o senhor.. Parabéns.

    Não sou democrática por não concordar contigo? Se não é por isso, por que seria então?! Viu no meu facebook tbm? Estamos debatendo democraticamente, não crie conceitos. Minhas opiniões e suas opiniões.. Sem imposições, sem repressões.

    Ah, e como uma votação em aberto, em que todos expuseram suas opiniões e puderam presenciar os votos fora manipulada?

    Qual seu vínculo com o Antonio Manoel?

    Você está sendo completamente imparcial, analisando apenas o lado que defende ignorando o universo ao redor.. Percebeu que não preciso falar de modo pejorativo sobre seu ponto de vista para defender o meu?

    Já que o senhor citou a Revolução Pinguina no Chile como referência, por que não faz o mesmo que eles e reivindica educação de qualidade? Precisamos muito disso, e alguém que possui um “processo educativo para libertar a vida, para emancipação humana” como senhor poderia ajudar a resolver esse problemasso que atinge a TODOS nós.

  3. Eikys Cèsar disse:

    A questão é que a Diretoria do Antonio Manoel Alves de Lima esta querendo Sondar Aluno Por Aluno Deixando que os que são contra como Viloes desse historia assim ela faz tudo na surdina como você pode ver Thais nossa escla só tem Exatamente 1 Hidrante Intaquito que ainda sim foi reformado recente mente e ele fica na diretoria, agora raciocine comigo se for capaz, se fecharem o patio e a parte de trás do palco aonde guardam livros e outras coisas inflamavel pegarem fogopor onde é que os alunos irão sair sendo que só tem escadas para subir, pense na muvuca que seria um incendio naquela escola pense o tanto de alunos que não morreria ? ainda com tudo aquilo fechado serria bém mais facil que as chamas se propagem por toda a escola….

  4. Eikys Cèsar disse:

    Incrivel como só UMA unica Aluna Soubese dessa Reunião e UMA UNICA Aluna Estivesse Contra o Muro e Focace tanto nisso, onte estive no periodo noturno e Conversei com muitos Alunos e Professores Muitos nem estão Sabendo de Nada Muitos Nos Apoiaram outros não ligam com ou sem muros e uma menoria 2 em cada 10 disseram ser afavor, mas como foi dito por eles afavor do lado Externo pois assim fcaria seguro e não fecharia o espaço dos alunos….

  5. Bom Thais , se eles tem que construir um muro continue construindo aquele que divide a fundação com a escola ! Não cometemos nenhum delito para está parecendo que estou presa , eles dizem zelar tanto pelo verde e olha só que estranho estão construindo muros e muros acabando com toda paisagem verde ! Mais tudo bem né cada um pensa de uma forma e se você acha que os outros é obrigada a viver que nem bicho tem muitas pessoas que pensão diferente de você e tem coisas mais importante para fazer ali do que construir um muro por exemplo o teto da escola as infiltração são muitas e ninguém faz nada agora construir muro todos querem
    !!

  6. kimhaelee disse:

    É realmente muito facil para a Direcao do Antonio Manoel dizer q construir muros nos dara seguranca e os muros estarem irregulares,sem alvara,avaliacao de um profisional especializado..alem do mais em uma escola sem extintores de incendio na validade..Grande nocao de seguranca que vcs tem..Antes de abrirem a boca abram a mente ok..O Brasil ja é um pais com muros demais,muros que separam a favela da cidade,os ricos dos pobres,que separavam os negros dos brancos,muros ate que separam a justica,muros muros e mais muros…Eles nunca resolvem o problema como o esperado o maximo que fazem é isolar o problema e piora-lo…
    E ola Thais lembra de mim?Estudamos juntas,caramba nunca reparei que vc escrevia assim…kkkk.

  7. Wes Miojo San disse:

    Madame Thais,

    Irei direto ao ponto, já que pelo visto um texto mais longo lhe cansa; o “muro da vergonha” que esta sendo construído no A.M.A.L. , é uma medida emergencial imposta pela equipe gestora da escola, para “conter” = respondendo a sua incessante pergunta – os alunos que ali estudam.

    Essa “medida emergencial” nos foi imposta com um discurso moralista e esdrúxulo, à segurança da escola e principalmente ao tráfego/movimentação de drogas (que não é um caso isolado que acontece somente no A.M.A.L. como nos apresentaram), sabemos que a falta de segurança e drogas são casos que atingem toda a nossa sociedade, vemos/notamos que “Isolando” estes problemas apenas com “meras barreiras físicas” não é a forma mais eficiente de abordagem, pois, isso não resolve os problemas, apenas “criasse” a falsa ideia de “segurança” e – veja só que intrigante – “Isolação”.

    Segurança – segundo o dicionário – é a – “PERCEPÇÃO” – de se estar protegido de riscos, perigos ou perdas

    Isolar – segundo o dicionário – (Isolação) Separação (geralmente através do uso de um objeto isolador) Separar uma coisa dos objetos vizinhos: isolar um monumento. Pôr alguém afastado dos outros: isolar um doente contagioso. Abstrair, considerar à parte.

    Estão empregando em diversos discursos que “isolar” na verdade é uma “segurança”, e com essa – “PERCEPÇÃO” – de “segurança” estaremos resolvendo o problema.

    Reconheço que não esta sendo apática em suas ações, mas, como você anteriormente disse: “Massas são manipuladas para os dois lados da moeda”

  8. Eikys Cèsar disse:

    Como pode ver Dn. Thais Argumentos e Provas contra o Muro não faltam, você defende tanto o muro, pense bém este ano você ira deixar a escola se for aprovada para terminar os estudos né não sei de suas condioçoês na escola, bom você termina o 3° Colegial este ano, você como aluna noturna mais do que ninguém sabe que anoite muitos usam a quadra a arquibancada e a pracinha para fumar tanto drogas licitas como drogas não licitas, agora imagine se o muro é contruido e fica tudo fechado, esses fumantes e usuarios terão que fumar em algum lugar e esse lugar sera o patio, agora imagine tudo isso fechado com todo aquele barulho o cheiro de Drogas e cigaros o calor e tudo mais como que não vai ficar a Escola, se pra gente da Manha já vai ficar orrivel imagina pra quem vai estar anoite, e sabendo também quem no Noturno contem no corpo estudantil Senhores e Senhoras de idade e mulheres Gravidas, como você acha que vai ajudalos esse muro ? No que ira ajudar na saude deles ? Agora me responda você se for capaz…

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  10. Thais Paulina disse:

    Eikys César, é proibido por lei fumar em locais fechados. Ponto. Isso já responde sua pergunta. Se quiser falar sobre fumar dentro de locais fechados entraremos em outro assunto, envolvendo leis existentes etc etc..

    Kimberly, concordo com vários pontos citados por você.. Alvará, profissional especializado.. E também com essas questões de coerência em relação a escola consigo mesma: Se ela procura por segurança, deve tornar seguro o que já tem, como os extintores vencidos que você está dizendo.. (Claro que lembro de você rs.. )

    Ao senhor Giva, desculpe-me, me recuso a responder seu comentário já que o senhor nem mesmo acredita que sou em quem está falando (como se me conhecesse o suficiente para tal).

    Bem, galera, conversei com um ex professos meu, que também é contra a construída do muro (ele, ao contrário de muitos aqui, respeitou minha posição) e me fez refletir ainda mais sobre coisas que já havia refletido: O muro foi construído de modo autoritário, sem o consenso da maioria (inicialmente) e não resolverá de fato os problemas em relação a segurança, apenas os isolará..

    Então me digam vocês, por favor, o que resolverá o problema?.. Conscientização da comunidade, através de palestras, esportes, cursos e etc.. Ok. Mas, direi o mesmo que disse ao professor que conversei: Essas medidas acontecem a longo prazo.. Aos poucos os que participarem dos projetos serão conscientizados.. Nada imediato.

    Mas e até lá? Qual medida deve ser tomada? Pode não ser o muro.. Mas me digam! Se estão contra, proponham soluções imediatas também, o problema continua aí.. Pois aposto que um pai ou uma mãe espera, no meio de uma sociedade tão violenta, que dentro da escola seus filhos estejam protegidos e seguros.

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